ONDE ENCONTRAR AS RESPOSTAS


“Quando alguns pais veem o próprio filho morrer, eles ficam desesperados, destruídos, e se perguntam: «Mas por quê?». Que conforto eles poderão encontrar nas palavras de um sacerdote ou de um pastor, o qual responderá que essa ‘é a vontade de Deus’? Era a vontade de Deus que esse filho adoecesse e morresse? Foi Deus quem quis que, uma noite após ter bebido muito com os amigos, um filho morresse em um acidente de carro? Foi Deus quem quis que outro se drogasse ou se suicidasse?
É compreensível que, no seu desespero, homens e mulheres interroguem religiosos, mas também médicos e psicólogos. As respostas que recebem dependem das qualidades daqueles que eles interrogam. Mas o que eles devem saber é que, nas grandes provações, as respostas estão dentro deles. Portanto, mesmo continuando a interrogar outras pessoas – se precisarem disso – que eles se esforcem em buscar em si mesmos, na própria alma, no próprio espírito. As únicas respostas capazes de tranquilizá-los, eles só as obterão interrogando a Divindade que vive neles.”


Omraam Mikhaël Aïvanhov

A MORTE DE UM FILHO E SUAS REPERCUSSÕES FAMILIARES

Há palavras como viúvo ou viúva que designam aquele ou aquela que sobrevive ao seu cônjuge; e há palavras como órfão para nomear a perda precoce de um dos genitores.
“Há palavras como viúvo ou viúva que designam aquele ou aquela que sobrevive ao seu cônjuge; e há palavras como órfão para nomear a perda precoce de um dos genitores. Mas para quem sobreviveu a um filho, não existe denominação alguma”. (Roitman, Armus y Szwarc, 2002)

Em todas as pessoas que vivenciaram a perda de um filho - não importa a idade dele ou em que condições tenha ocorrido - o fato se caracteriza pela complexidade e grande sofrimento causado nos pais sobreviventes. Este tipo de perda é considerado avassalador, origem da desunião e até da destruição do vínculo matrimonial, inclusive familiar.

Muitos especialistas têm discorrido sobre a perda, do ponto de vista psicológico; quanto às suas implicações, advindas da morte de um filho, estão longe de ser suficientemente tratadas. Imagino que isso se deva à angústia resultante de uma abordagem tão difícil, pois é de se esperar que os filhos sobrevivam naturalmente aos pais; no entanto, raramente se considera a possibilidade de acontecer o contrário.

A morte de um filho produz uma abrupta ruptura na realidade das pessoas e daquilo que “deveria ser”, tratando-se da “continuidade geracional”. Quando ocorre a morte de um filho, a vida é de súbito destroçada, porque não “deveria ser assim”. Não se pode aceitar ter sido pai de um filho e de repente deixar de ser pai desse filho. O progenitor sobrevivente se dá conta de que o filho morreu mesmo, pois já não está mais presente, mas na realidade dói tanto, e custa tal esforço aceitar esta realidade, que ele passa a resistir como pode, acreditando, por mais um lapso de tempo, que seu filho não morreu ainda, e passando a valer-se da negação, a fim de sentir que o filho continua com vida. Geralmente, ao cabo de muita luta interior, chega-se a admitir o fato, embora, durante o processo, a existência do filho se mantenha mentalmente presente para o pai (Nasio, 2007).

A meu ver, em casos como este, a existência do filho fica inscrita para sempre na mente paterna ou materna, pois se há de convir que um filho não é uma pessoa a quem se conheça de imediato, como ao restante das outras: a um filho se reserva um espaço todo especial na mente e no coração, desde que os pais planejam a sua concepção e, a partir dela, toda a sua existência.

Muitos genitores, ao se depararem com a morte de um filho, relatam que em várias ocasiões tinham pensado: “eu planejava como deveria ser o batismo de minha filha, chegava mesmo a imaginar cada uma das festas de aniversário que eu lhe faria, mas nunca fui capaz de conceber como deveria ser seu funeral”. Isto porque basicamente nós, seres humanos, enquanto vivemos deixamos a morte de fora. Para nós nem toda morte nos diz respeito, só se torna real quando acontece conosco, em nossas vidas, e o que mais assusta é que ela aparece sem pedir licença, irrompendo na vida da gente; mas a morte, que não queremos admitir, já estava presente e nos acompanha continuamente.

Há muita nostalgia nisso tudo, há uma mistura de sofrimento, amor e proveito. Sofre-se a ausência do que se foi, e se consola oferecendo a dor causada pela sua ausência. Continuar sofrendo é uma tentativa de manter vivo esse filho. O impacto provocado, nas famílias, pela morte de um filho, chega a conseqüências em que há destruição de vínculos do casal, da família, ou, se os cônjuges permanecem juntos, os laços que os unem é de tristeza e saudade do filho. Há bem poucos casos em que uma perda do gênero possa ser superada, necessitando para evitar isso de um trabalho sólido e profundo por parte do casal. Na verdade, um filho é o resultado de uma união, é um símbolo da conjunção de duas pessoas, a prova viva de que um casal se mantém intimamente ligado entre si. Por isso acredito que quando este símbolo deixa de ser vivo, vem à tona um vazio: não só alguma coisa morre dentro de cada um, como também essa morte marca o laço que existe entre os dois (Roitman, Armus y Szwarc, 2002).

Parece-me que, ainda que eu escrevesse um tratado completo sobre a experiência de se perder um filho, não seria suficiente para chegar a compreender o que vivem esses pais; talvez eu possa me aproximar da sua experiência, entender o que pensam e como os afeta; mas quando falam de sua solidão e de seu vazio, continua incompreensível para mim, porque solidão e vazio são palavras que cobrem precisamente essa falta. E essa ausência continuará a se fazer presente. Na realidade, serve apenas para vislumbrarmos a essência humana e nos tornarmos conscientes de que, muitas vezes, se não estamos dispostos a encarar a morte, é porque o amor causa dor, e só quando se sofre é que se sente medo de perder a pessoa amada.

Fonte: http://www.portaldafamilia.org.br

SONHO E REALIDADE

Sonho e realidade
 (Ataíde Lemos)


Você foi um lindo sonho
Que toquei em minhas mãos
Uma presença tão marcante
Que selou em meu coração.


Já não sei se dói esta saudade
Pela falta que você faz
Fostes um sonho e uma realidade
Mesmo ausente me provoca paz.


Em tudo tem um pouco de você
Sendo permanente tua presença
Se viver reserva tristes surpresas
Porém, retêm marcantes convivências.


Apesar do curto tempo, quantas lembranças bonitas tenho de você, seu primeiro ano na escola, festinha do dia das mães, festinha de fim de ano, cantatas e peças teatrais na igreja. O banho que sempre tomávamos juntas, o soninho gostoso da tarde, as cantigas antes de dormir, o "dederão" de nescau que era como você pedia, as noites de lua cheia e os nomes que davámos às estrelas, enfim são tantas outras que poderia passar a tarde enumerando-as. Agora so restou a saudade, saudade esta que machuca, que me emudece, que me faz chorar. Te amo querida, acima de tudo e de todos, te amo com toda força que somente uma mãe pode amar.

QUANDO EU NÃO AGUENTAR


Quando eu não me aguentar, e desistir,
por favor, siga comigo, ainda que em silêncio.
Sei que é difícil, é mais do que ser amigo,
é amparar quem talvez, nem queira amparo.

Quando eu não me suportar, e resistir,
quando o remédio for muito amargo,
não deixe de me dar a dose certa,
ainda que eu não te entenda,
isso é ser mais do que amigo, é ser anjo.
Há dias em que precisamos de um anjo,
de alguém que vele o nosso sono,
que nos sacuda quando estivermos em meio a um pesadelo,
quando nossa boca fica amarga,
quando não queremos aceitar que acabou,
que o filme terminou,
que quem partiu não volta.

Quando eu desistir da vida,
por favor, seja meu anjo,
me mostre um jardim,
diga que é só um recomeço, que não é o fim.
E seja mais do que um amigo, mais do que um anjo,
seja o meu reflexo, e por um instante, um momento de luz,
seja para mim, o próprio Jesus.

Paulo Roberto Gaefke

VOCÊ CRESCE...


Impossível atravessar a vida...

Sem que um trabalho saia mal feito,

Sem que uma amizade cause decepção,

Sem padecer com alguma doença,

Sem que um amor nos abandone,

Sem que ninguém da família morra,

Sem que a gente se engane em um negócio.

Esse é o custo de viver.

O importante não é o que acontece, mas, como você reage.

Você cresce...

Quando não perde a esperança, nem diminui a vontade, nem perde a fé.

Quando aceita a realidade e tem orgulho de vivê-la.

Quando aceita seu destino, mas tem garra para mudá-lo.

Quando aceita o que deixa para trás, construindo o que tem pela frente e planejando o que está por vir.

Cresce quando supera, se valoriza e sabe dar frutos.

Cresce quando abre caminho,

assimila experiências...

e semeia raízes...

Cresce quando se impõe metas, sem se importar com comentários, nem julgamentos.

Quando dá exemplos, sem se importar com o desdém,

Quando você cumpre com seu trabalho.

Cresce quando é forte de caráter,

Sustentado por sua formação,

Sensível por temperamento...

E humano por nascimento!

Cresce quando enfrenta o inverno mesmo que perca as folhas,

Colhe flores mesmo que tenham espinhos e

Marca o caminho mesmo que se levante o pó.

Cresce quando é capaz de lidar com resíduos de ilusões,

É capaz de perfumar-se com flores...

E se elevar por amor!

Cresce ajudando a seus semelhantes,

Conhecendo a si mesmo e

Dando à vida, mais do que recebe.

E assim se cresce...
Autora: Susana Carizza

DEUS É NOSSO REFÚGIO E FORÇA



“Deus é para nós refúgio e força” (Salmos 46, 1)

“Tudo tem seu tempo. Há um momento oportuno para cada coisa debaixo do céu” (Eclesiastes 3, 1). À medida que passamos pelas várias etapas da vida, vivemos momentos de alegrias, conquistas, realizações, mas também de perdas, dor e sofrimento.
Diante da perda de um(a) filho(a) ou ente querido, sentimos nossa vida revirada, podemos até dizer que nos sentimos “sem chão” para continuar a viver. Somos tomados pelo sentimento de tristeza profunda, ansiedade, solidão e desamparo. A dor é tanta que se manifesta em sensações de aperto no peito, nó na garganta, falta de fôlego, de ar para respirar, falta de vontade de viver. Nossos pensamentos se aceleram muitas vezes confusos, perdemos o apetite, o sono, enfim, de repente nossa vida se transforma.
Numa mesma família cada um reage de uma maneira, e em tempos diferentes. Não só a dor da perda é grande como também o que ela nos causa. É importante nessa hora lembrar que não estamos sós, mas é preciso compreender que cada um tem o seu jeito de sofrer. É importante dar tempo ao tempo.
Pode ser que surja a vontade de ficar sozinho, quietinho num canto, ou há quem sinta uma vontade frenética de falar e estar rodeado de pessoas, evitando sempre a solidão.
Precisamos buscar forças em Deus e lutar! É um momento que se não for vivido com muita fé em Deus, a dor pode nos paralisar.
Não é o caso de entender, aceitar ou não, mas de acolher no coração e seguir em frente. Isso exige muito esforço em todos os sentidos:espiritual, material, no âmbito pessoal, familiar ou social. A fé é a base que nos sustenta e nos impulsiona, sobretudo quando a dor bate em nossa porta. A fé aumenta em nós a esperança e “a esperança, com efeito, é para nós como uma âncora, segura e firme” (Hb 6,19).
O tempo, sem dúvida, se torna um aliado, porém cada pessoa reage de uma forma própria e particular. Não há como determinar o tempo certo para que essa dor amenize. Deus nos ama muito e nos quer firmes e perseverantes, por isso nos capacita, dia após dia. Aos poucos Ele nos envolve com sua paz, e a saudade, embora continue, já não mais desespera.
A certeza de que nossos filhos estão em Deus acalma nosso coração e nos impulsiona a continuar a caminhada, com fé e coragem.
Até que tenhamos cumprido nossa missão, muito há para se fazer. Quem sabe acolher o convite de Jesus para nos unirmos aos irmãos que necessitam de consolo e ajuda... Disse Jesus: “Nem mesmo o Filho do Homem veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos” (Marcos 10,45).
“Ó Mestre, fazei que eu procure mais, consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido, amar, que ser amado.Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado. E é morrendo que se vive para a vida eterna.”(Oração de São Francisco).
A presença de Deus em nossa vida é que fará toda diferença. Longe de Deus só há desespero, angústia e aflição. “Deus é para nós refúgio e força” (Salmos 46, 1).
Regina Araújo


CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE



“Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá..."

FLORES NA CALÇADA




Um dia me contaram que existia um homem sem esperanças. Vivia como Deus queria, jogado nas ruas durante anos, sendo alimentado com restos de caridade e por pessoas que achavam que bastava um prato com restos de comida fria para alimentar aquele homem, numa hipocrisia velada para acalmar com urgência essa culpa que todos nós carregamos. Te dou comida, Deus me dá perdão, e está tudo certo.

O homem não falava, não incomodava ninguém com palavras. Ele era ninguém pra se lembrar, ninguém para se importar. Do seu rosto quase sem expressão não brotavam sorrisos, mas uma espécie de amargura mesclada com a indiferença daqueles que já não acreditam na vida. Seu corpo sujo e cansado descansava sobre um fino colchonete que já viveu dias melhores, e nos dias de chuva não tinha, e nem queria ter, um lugar quente para se abrigar.

Dizem que um dia passou pelo homem uma menininha, e do alto de sua inocência ela olhou para aquele homem sofrido e empertigado. Não haviam lhe ensinado ainda que deveria se afastar daquele homem, e por isso ela lhe ofereceu tudo o que tinha nas mãos: uma flor. O homem pensou em recusar ou até mesmo ignorar aquele pequeno ser que balançava aquela flor diante dos seus olhos, mas diante de tanta insistência ele finalmente aceitou, tomando cuidado para não encostar seus dedos naquele anjo, como se isso pudesse quebrar algum tipo de encantamento.

Quando o sol nasceu novamente, as pessoas voltaram a passar pelo local onde o homem costumava ficar, mas ele nunca mais foi visto. A maioria sequer notou sua ausência e só algumas viram uma flor desenhada na calçada. Mas uma garotinha ingênua entendeu que muitas vezes basta apenas um simples sorriso para fazer alguém continuar a viver.

Por você, minha menina. Que me sorriu quando eu mais precisava...

(Extraído da Internet)

A todas as minhas amiga na dor... Sei o quanto é dificil viver-mos sem a presença e o amor do nossos filhos; há também aquelas irmãs que sorriram mesmo antes de conhecerem os rostinhos de seus ANJOS e hoje sofrem pelo sonho não realizado. Acreditem; DEUS nosso Pai está cuidando deles neste exato momento, embalando nossos bebes em seu colo, cantando os mais belos hinos. 

ESTOU VIVO




Estou vivo
De todas maneiras
Que possas imaginar:
Estou vivo na eternidade;
Estou vivo no teu coração;
Estou vivo em teus pensamentos;
Estou vivo em teus sentimentos;
Estou vivo nos teus sonhos
Estou vivo em teu dormir
E em teu levantar;
Estou vivo em teus olhos internos;
Estou vivo no infinito;
Estou vivo em teus tatos;
Estou vivo em teus sabores;
Estou vivo na tua audição,
Enfim, estou vivo
Em todos teus momentos,
Não apenas como lembranças,
Por isto, sinta-te feliz
Porque mesmo tendo partindo
Permaneço vivo em teu existir.
(Ataide Lemos)

Meu DEUS! Quanta saudade! Quanta dor! Senhor me ajude a aceitar, a compreender a sua vontade. Me fortaleça meu DEUS!

COMO TUDO ACONTECEU - A DESPEDIDA DA MINHA PRINCESA

Feliz Aniversario minha Princesinha, esta rosa é para você, com todo meu amor de mãe!!!!
*Mayte* nasceu no dia *09/06/2006*, era um bebe lindo, aparentemente
saudável, foi recebida com muito amor por todos da família, mas o amor de
seu pai era mágico, diferente de todos, ás vezes eu brincava com ele dizendo que ele queria tomar o meu lugar...

Quando ela fez 15 dias, percebemos em seu corpinho algumas manchinhas roxas, então resolvemos leva-la ao Hospital. Após vários exames os médicos a
diagnosticam com *PLAQUETOPENIA*. Ficou internada 15 dias para a realização de novos exames e assim ficou constatado que a *MAYTE* tinha uma falha na produção do sangue, ainda na medula, seu organismo não fabricava as *PLAQUETAS* (que é responsável pela coagulação do sangue). Os médicos me falaram que era uma doença crônica, muito grave, que deveria ser feito acompanhamento no *HEMATOLOGISTA*, pois existia sérios riscos de sangrar até a morte. Esta noticia me deixou muito confusa, imaginei estar sendo castigada por Deus, então de imediato perdi perdão a Deus, pois só a possibilidade de perder o meu bebe já me deixava completamente sem chão, pois eu a amava com toda força que só uma MÃE é capaz de amar.

O tempo foi passando, as idas ao consultório e os exames eram constantes,
os médicos ficavam admirados de verem a *MAYTE* vivendo com apenas 5.000, 3.000 e até mesmo 1.000 plaquetas (*o mínimo aceitável pelos* *médicos é de 153.000*), sem nunca apresentar sangramento, porém as transfusões de plaquetas eram constantes, pois havia o risco de sangrar por dentro, ou até mesmo dela cair, se cortar e provocar uma hemorragia. Ela já estava tão acostumada aquela rotina que não chorava quando era preciso furar o seu bracinho. Os médicos diziam que não era para eu me preocupar, pois o organismo dela já estava acostumado a reagir com tão poucas plaquetas.

E assim a *MAYTE* foi crescendo, esperta que só, amável, inteligente,
tranqüila. No seu 1º ano de escola todos falavam bem dela, ela era uma
criança diferente, brincava com todos amiguinhos, não era agressiva, dividia
seu lanche e seus brinquedos com os outros coleguinhas... participava de
todas as atividades e sempre... sempre... dizia: - Mãe eu te amo... – Pai eu
te amo... – Vó, Vô... eu te amo... A noite sempre me pedia: - Mãe canta o
“tanto” pra mim (*música do Roberto Carlos: Como é grande o meu amor por
você*), acostumei a cantar esta música todas as noites para ela dormir, além
disso dormia sempre na minha cama, exatamente no meio, segurando a minha
mão. Ia todos os domingos à Igreja, participava das cantatas do Coro infantil. Um dia quando a esposa do pastor fez o apelo no Culto, ela levantou sozinha e foi lá na frente. Muitas vezes ela me dizia: - Mãe você sabia que Deus me curou?

Um fato muito interessante aconteceu no inicio do mês de Abril/2011: Ao chegar do trabalho minha mãe falou: - Lígia você não sabe da última da MAYTE! Eu logo perguntei: - O que foi que ela aprontou desta vez? Então minha mãe respondeu: - Ela pediu para eu orar e pedir ao Papai do céu que lhe desse asas. Aquilo me deixou muito preocupada, na mesma hora eu me arrepiei e na ânsia de tirar qualquer idéia de despedida, eu repondi: - Diz a ela que Deus não da asas a cobra, e ela esperta que só me respondeu prontamente: - Mas eu não sou cobra!

Mas isso não parou por aí: Passaram-se 2 semanas, ela falou pro seu pai: -
Pai você sabia que eu vou criar asas e vou voar? - Você vai chorar pai?

Na madrugada do dia 21/04/11 (feriadão de Tiradentes e Páscoa), chegamos a
Barra de São João, eu a coloquei na cama, no meio como de costume e segurei sua mãozinha e quando foi por volta das 07:00 da manhã, ela acordou chorando se queixando de dor na perna, como ela era uma criança muito ativa, eu achei que fosse cansaço, custei a notar que aquela dor estava relacionada ao seu problema de saúde. Assim que notei, levamos ela para o hospital, mas nos deparamos com uma total falta de recursos, com o despreparo dos médicos diante da gravidade do seu problema, não havia pediatra no hospital, não era possível realizar sequer uma transfusão de plaquetas. Começou então uma verdadeira batalha para conseguirmos uma ambulância... E assim, minha doce menina ficou agonizando durante 5 horas e meia a espera de uma ambulância que pudesse traze-la para o Hospital do rio. Ela sofreu tanto, se contorcia de dor, a cada crise seu sangue parecia sumir de sua pele branquinha, mas ela não largava minha mão, parecia estar me pedindo para não deixa-la morrer. E eu não pude fazer nada, meus gritos, minhas suplicas, meu desespero de nada adiantou.

Qdo chegamos ao Hospital da Polícia no rio, a equipe já estava aguardando
por ela, após avaliação do médico neurologista, ele me perguntou: - Mãe você
acredita em milagres? Aqui nós lutamos até o fim, mas sua filha sangrou por
toda cabeça, e se sobreviver irá ficar em estado vegetativo.

Então eu pensei: Não importa o estado que fique, eu só quero ela ao meu
lado, eu deixo tudo por ela, eu viverei por ela. Supliquei a Deus um milagre, mas Deus não me atendeu. Foi um choque ver minha menina tão indefesa toda entubada, sem esboçar nenhum tipo de reação. Ah! Como eu pedi a Deus para não leva-la, como chorei aos pés do Senhor... Na sexta feira, dia 22/04/11 foi constatado a morte encefálica, então no impulso de mantê-la viva de alguma forma, doei seus órgãos, para que outras crianças tivessem a oportunidade de viver e de semear amor, assim como a *MAYTE* semeou no meio de nós.

Filha querida, dia 09/06 foi seu Niver, uma dia que era pra ser de grande alegria, mas foi um dia triste, chuvoso, nublado. Mamãe se esforça pra entender os desígnios de DEUS, mas ás vezes, em meio ao desespero, eu duvido de Sua existência e não entendo porque Ele me fez passar por tanto sofrimento. Sei que não estou sozinha nesta dor, acho até que nos mães não deveríamos nunca enterrar um filho, seja, criança, jovem ou velho, porém tem coisas que acontecem em nossas vidas que não tem explicação ou que aos nossos olhos parecem absurdo. Quando então volto a ter um raciocínio coerente, me apego em DEUS, pois sei que Ele curou todas as suas enfermidades, enxugou suas lágrimas e hoje você tem uma vida plena ao lado de Jesus, Aquele que lhe outorgou a Vida Eterna.


Te amo querida, te amo, não me canso de dizer: Te amo!!!!!

PRECE IRLANDESA

ASAS DE UM ANJO


(Ilze Soares)

Alguem sabe me dizer
como são feitas as asas de um anjo?

Serão feitas de nuvens branquinhas,
macias como algodão?

Talvez sejam feitas de vento,
suaves brisas que refrescam o tempo,
ou mesmo de partículas coloridas
do arco-iris extraidas...

Talvez, quem sabe, sejam de pedaços
das estrelas deste ceu imenso,
cuja luz ainda nos chega,
mas já se perderam no espaço...

Serão feitas da espuma do mar,
quando faz amor com o horizonte?

Penso que as asas de um anjo
são feitas das nossas recordações,
lembranças que ficam no coração,
quando vivemos boas emoções...

Que esta noite,
as asas de um anjo cubram voce,
protegendo seu sono!
 
DESEJO DE CORAÇÃO QUE ESTA NOITE NOSSOS ANJOS VENHAM NOS VISITAR, NOS DAR MUITOS BEIJOS E FORÇA PARA RECOMEÇAR UM NOVO DIA.
 
 

SEJA FORTE

Não se dobre às adversidades.

A tempestade, as dores, as decepções, as amarguras passam.
Às vezes você pensa que está num beco sem saída, que as coisas caminharão para o pior e que só lhe resta esperar abatimento, tristeza e doença.

Mas as situações e os acontecimentos mudam de um momento para outro.
A tristeza transforma-se em alegria, o abatimento vira ânimo, a doença desaparece, a turbulência converte-se em paz e a derrota em vitória.
Levante a bandeira da esperança.

Examine o que fazer, eleve o pensamento a Deus e acredite que as transformações são possíveis, que as coisas mudam.
Não dê ouvidos ao derrotismo, à descrença, ao pessimismo.
Encha o peito de confiança nas suas qualidades e no poder divino.

Toda tempestade passa.

A tempestade passa depressa quando você vê nela um ensinamento.

Do livro "Gotas de Esperança"
Autoria de Lourival Lopes

Meu anjinho, seu aniversário está se aproximando... a mamãe esta com o coração sangrando, a dor é tão grande que não cabe no meu peito. A vida, como a mamãe senti sua falta, como eu queria te-la junto a mim. Poder te abraçar, te beijar, comprar os mais lindos presentes, te fazer vários dengos, vários chameguinhos... Mas Deus não quiz assim, Você terá o mais belo aniversário, porque nada que a mamãe venha fazer pode ser comparado ao que DEUS guardou pra você. Fique do meu lado anjinho, porque a mamãe irá precisar muito da sua força, da sua presença.
Beijinhos filha, mamãe te ama muito!!!!

FREIE A TRISTEZA



Freie a Tristeza.

Se deixar, ela se avoluma, se espraia, contamina, destrói, arruína e sufoca você.

É uma forma de desânimo, um cáustico, um desagregador de sua paz.

Olhe para mais alto. Respire fundo. Examine a origem desse estado de alma. Refreie impulsos. Procure transformação para melhor.

Lembre-se da alegria.

Convencer-se de que a sua alegria anula a tristeza traz imediata paz de espírito.

Escritor: Lourival Lopes


FICO ASSIM SEM VOCÊ!


Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
"Mamãe sem MAYTE"

Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo (2x)

(Claudinho & Buchecha)

Minha fada mais bela, hoje a saudade me sufoca mais que tudo! As vezes fico a imaginar como a mamãe seria hoje se não tivesse concebido você... Nossa você foi o presente mais lindo que Papai do céu me deu para cuidar, ainda que por pouco tempo, mas suficiente para mudar minha vida, foram os dias mais felizes aos seu lado. Te amo menina linda, te amo eternamente!!!!!



Crie glitters aqui!


RESSUSCITANDO SONHOS © Copyright 2013. Design by JaahTemplates da Jaah.