MINHA DOR



Minha dor

Não estou aqui para ser exemplo pra ninguém, porém querendo ou não você não tem escolha, a vida não te ensina a ser forte, ela te obriga. Mas isso não é sinônimo de superação, isso não quer dizer que a pessoa não sofra, ou que não esteja doendo.

É muito comum diante de uma perda, nos deparar-mos com pessoas que insistem em nos dizer frases prontas, que nem elas mesmas sabem o peso que tem.

Conheci nesta página (não vou citar o nome), uma pessoa, que em um acidente de carro, perdeu esposo, 2 filhos e sua vó , resumindo: ela foi a única sobrevivente, porém o que muitos não sabem, é que ela travou uma batalha muito grande pela vida, ficou entre a vida e a morte durante dias, os médicos não acreditavam que fosse sobreviver, mas... sobreviveu.

... O que nem ela mesma sabia era que quando finalmente estivesse fora de perigo eminente de vida, teria que buscar forças não sei de onde para aprender a viver sem as pessoas que mais amava: Seu esposo e seus filhos (uma menina linda e um menino encantador).

Ao longo desses acontecimentos, muitas vezes ela se depara com pessoas (familiares, amigos, entre outros) que lhe dizem coisas do tipo: - Eu não suportaria! – Se fosse comigo teria morrido junto?

Bom a pergunta que eu faço, ou melhor as perguntas que eu faço são: Você acha realmente que ela teve escolha? Você acha que é fácil para ela levantar todos os dias e se vê sem as pessoas que ama? Você não acha que se ela pudesse escolher essa história não teria tido um outro final?

Ninguém faz idéia da dor que esta pessoa sente, da força que ela precisa ter para levantar da cama todos os dias e lidar não só com a dores físicas, mas com a dores da alma, com a dor da ausência de não só uma pessoa, mas de toda uma família.

Ninguém, eu digo ninguém supera uma PERDA, o que aprendemos ao longo do tempo é conviver com a dor que ela nos causa. O mundo não para pra nos ver sofrer, a vida segue seu rumo e exige que você corra na mesma velocidade, agente aprende que ninguém sente e sofre como nós, que são poucas pessoas que se interessam com o que passa dentro de nós, de como vai a nossa alma, de como está nosso coração. Porque uma coisa é certo, “Ainda que não sangre, dói. Aprendemos a chorar baixinho, a sufocar os soluços no travesseiro, a sorrir quando o coração chora, aprendemos que muitas vezes as pessoas estão muito mais interessadas em saber os motivos e detalhes do nosso sofrimento do que simplesmente em nos dar uma força...

Nunca saberemos o quanto uma pessoa sofre, até passarmos pelo o que ela passou, e ainda assim, isto não nos faz entendedor da dor alheia, “somente o dono da dor sabe o quanto dói”, mas podemos ser solidários, podemos oferecer nosso ombro, dar um abraço que conforte, uma mão que ainda que não erga, caminhe entrelaçadas.

Lígia de Aquino

Um comentário:

  1. Pois é amiga sabe que já me deparei até com mães de anjo que depois que engravidam novamente vem com esses discursos prontos...Cheguei a excluir mães de anjo para não me estressar,algumas mães de anjo parece que querem esquecer do anjo e querem que nós também esqueçamos...

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