A DURA PERDA DE PESSOAS QUERIDAS



 A morte é tema eterno de livros, filmes, músicas e até camisetas. Mas, na vida real, perder alguém que se ama é considerada uma das maiores dores que o ser humano pode se defrontar. E como dói... Em entrevista exclusiva para o iTodas, a psicoterapeuta americana Sukie Miller - autora do livro Depois da vida (Summus) – afirma que não é fácil ou simples lidar com a morte de um ser amado. “Sofrer uma perda é profundo e mesmo que as outras pessoas digam que elas sabem exatamente o que você está sentindo – porque também já passaram por isso – na verdade, não têm como imaginar o tamanho da sua dor. Quando alguém muito próximo morre, sentimos um mix de sensações: tristeza, raiva, congelados, eufóricos... Cada um reage de um amaneira diferente...”.

Conheça algumas atitudes simples que podem amenizar a dor da perda, segundo Sukie Miller:

· Evite a culpa

A morte é maior que nós e mais misteriosa do que tudo que já vivenciamos. Está fora do nosso controle e nós não gostamos de coisas fora do nosso controle. Então, temos uma tendência de achar que quando alguém que morremos morre... é nossa culpa. Se acharmos que é nossa culpa, então a morte passa a não ser tão misteriosa, nem tão fora de controle assim. “Se eu tivesse feito isso, talvez ele não tivesse morrido...”. “Se eu tivesse chamado socorro mais rápido, ela não teria morrido...”. Nós dizemos isso para nós mesmos e nos sentimos culpados. Veja, provavelmente a pessoa teria morrido de qualquer jeito independente do que você tivesse feito. É trágico quando alguém querido morre, mas não é nossa culpa.

· Quando alguém que amamos se vai, nos remete à nossa própria mortalidade

E isso nos deixa assustados e tristes. O lado bom é que isso funciona como um “toque” pra que a gente desperte. Sim! Nós realmente vamos morrer e a pergunta é: temos feito nas nossas vidas o que desejamos? Temos dito as coisas que queremos para as pessoas próximas a nós? Agora, enquanto estamos vivos, temos sido amados o quanto merecemos? Responder essas perguntas é um jeito saudável de compreender a morte.

· Respeite seu ritmo 

Frequentemente as pessoas querem que a gente “saia dessa!”. Para que possamos retornar à vida que dividíamos com elas. Um ano é o máximo que muita gente acredita ser saudável para se viver um luto, mas isso não é igual para todo mundo, nem para toda morte. Se a morte era esperada, o tempo de luto normalmente é menor. Se não era esperada, costuma ser mais longa. Se é uma criança que morre, nosso luto costuma ser maior, bem maior. Não se deixe levar pelos desejos das pessoas... respeite seu próprio ritmo.

  
> Leia o artigo do psicólogo André Camargo sobre a dificuldade que temos em lidar com o sofrimento

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